25 de abril de 2010

Jazer Renascente

JAZER RENASCENTE

De um passado bem recente
sente a valeriana penetrar n'alma
devagar, lentamente...

Restos de uma fêmea modelada ao quixotesco.
Com miríades rachaduras no miocárdio a sangrar lentamente.
Jazer por uns instantes dentro de si,
sem prosseguir, nem conseguir Ser
em si.

Inacreditante de oportunas sensações
póstumas de certezas, de comida, rasgada,
usada e jogada ao limbo
como alma pecadora.
Como simples ralé.

A morte em mim é que mata
a vida em ti.
E me renasce com tamanha generosidade e esplendor,
que toda e qualquer dor
Se dissipam com o vento.

Cada respirar,
cada instante, a cada minuto
onde não há receptividade mútua.
Só de um ponto a pulsar.

Onde o sentir, é estado ímpar.
Onde o sentir, é singularidade na individualidade
Que hoje existe em mim, por fim.

E o militante 
com ousadia permanecerá a ignorar.
Tamanha frieza e estranheza,
temeroso de arriscar o 'não sei o quê'
que há de ser, sem querer que há
Se houver, se haverá.

(Amanda M. Almeida)

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