11 de novembro de 2010

Você sabe encarar um Ser deprimido?

      Infelizmente a maioria da população sofre de depressão, hoje em dia considerada como uma doença séria, que pode causar, em casos extremos, ao suicídio. E infelizmente boa parte das pessoas que estão ao redor de um deprimido não consegue ter a delicadeza ao lidar com estes tipos de pessoas. Ao invés de ajudarem no progresso da cura, boa parte só ajuda a piorar, começando com o "pouco caso" que dão a estas pessoas. Tratando-as como se fossem só "mais um" na sociedade, com aquele ar de que "isso depois passa", "problemas todos teem e você tem que aprender a lidar com isso e não se deixar abater".

      Dizer é muito fácil!

      Só quem já teve depressão, ou ainda passa por picos depressivos, sabe que não é bem assim que se livra de tal. Se fosse fácil as estatísticas não indicariam essa doença como tal, e nem como o mal do século. Pois a cura seria simples: chega alguém pra te dar uns conselhos e... PUFT! Tudo muda, sua vida muda, a alegria volta a estontear seus lábios e coração. Tudo aquilo que te fazia mal vai para o ralo a baixo.
      Peraí, minha gente. Somos maduros e suficientemente inteligentes para sabermos que não é bem assim que a banda toca. Sabemos que há necessidade de mais sensibilidade e compreensão da parte daqueles que se dizem estar na "paz" consigo e com o mundo, sem problemas para deprimirem. Que bom! Quem não tem essa "doença" sinta-se previlegiado em não sentir as mesmas coisas que os que "tem", sentem. E faça a sua parte dando o apoio emocional que seu semelhante precisa. Não se afaste dele, não critique-o, não julgue-o por pequenas falhas que cometem, por promessas não cumpridas. Deprimidos não conseguem cumprir as promessas que fazem a si, que dirá aos outros. Ocorre um turbilhão de pensamentos, sentimentos e sensações que os impedem de ser e agir como se era esperado.


      Vou deixar uma breve sobre o que é a depressão.
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A depressão é uma doença caracterizada por um estado de humor deprimido. A pessoa fica angustiada, desanimada, sente-se sem energia e uma tristeza profunda, às vezes acompanhada de tédio e indiferença. Quando os sentimentos são muitos e confusos, o indivíduo pode ter a impressão de que não tem sentimentos. As atividades normais do dia-a-dia passam a não ter mais importância e a pessoa passa a encarar até as tarefas mais simples como se fossem um grande esforço.
A vida perde a cor e a pessoa perde o interesse por tudo, inclusive seus hobbies preferidos, amigos e até o sexo. Há mudança do apetite (que pode aumentar ou diminuir), alterações do sono (sendo mais comum a insônia). Geralmente a pessoa deprimida prefere ficar isolada, num lugar onde possa ficar só. Assim, doença interfere com o trabalho e a vida da pessoa, podendo mudar até a maneira como o indivíduo pensa e/ou age.
A doença se manifesta quando há uma alteração na comunicação entre as células cerebrais, os neurônios, causando um desequilíbrio químico-fisiológico. Essa comunicação é realizada por substâncias chamadas neurotransmissores. No caso da depressão, são importantes duas dessas substâncias: a serotonina e a noradrenalina. Elas estão envolvidas em todos os processos responsáveis pelos sintomas da doença.

Como dito anteriormente, os critérios para o diagnóstico da depressão baseiam-se principalmente na intensidade e duração dos sintomas. Em geral, os pacientes apresentam:
Sentimentos de inutilidade, desamparo ou falta de esperança
Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade
Dormir mais ou menos que o normal
Comer mais ou menos que o normal
Dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões
Perda de interesse em participar de atividades
• Redução da libido (desejo sexual)
• Recusa em estar com outras pessoas
Sentimentos exagerados de culpa, tristeza ou mágoa
Perda de energia ou sentimento de cansaço
Pensamentos de morte e suicídio

Importante lembrar que a depressão pode manifestar-se também por sintomas físicos, como dores de estômago, dores de cabeça, dores pelo corpo e nas costas, pressão no peito, entre outros.

Em primeiro lugar deve-se compreender que a pessoa não tem culpa de estar deprimida, e que ela não pode simplesmente sair dela. Tentar animar a pessoa deprimida, mostrando as coisas boas da vida, na maioria das vezes só piora as coisas. Você se sentirá frustrado e a pessoa deprimida se sentirá mais culpada ainda. Algumas atitudes, entretanto, podem ser extremamente úteis:
• Escutar a pessoa deprimida: encorajar a pessoa a falar sobre seus sentimentos, oferecer apoio; não tente resolver os problemas dela, apenas escute
• Não critique, pois as pessoas deprimidas são muito sensíveis e isso pode fazê-las desmoronar
• Não tome a depressão do outro como sua culpa
• Não pressione
• Não assuma as responsabilidades dela
• Não perca a paciência, a pessoa deprimida pode estar irritável
• Ofereça simpatia e compreensão

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mais detalhes leia em: Depressão.

Agora você vem e me pergunta o porque deste post?
Ok, vou responder: Sim, estou com essa doença e venho lutando dia pós dia, em silêncio, para curar-me. Por isso, também, do meu afastamento "estranho" das pessoas que mais amo. Essa é uma forma de dizer aos mesmo o que tenho passado. Divulgar no blog é a forma que encontrei de dizer não dizendo. Não preciso ligar para as pessoas, e nem mandar mensagem para o celular, orkut... Não preciso encher a cabeça das pessoas com meus problemas. Os problemas são meus, eu tenho que aprender a enfrentá-los e eliminá-los, lógico que um ombro amigo sempre ajuda, e muito, nesse processo. Quem gostar de mim vai se sensibilizar e me dar o apoio de que necessito, de uma forma ou de outra. A única coisa que peço é compreensão e amor, sempre. Sim, estou muito sensível...



Há quanto tempo estou com isso? Hum... são muitos anos... desde a infância, mas começou chamar a minha atenção, mesmo, em 2004, fim de um namoro que era tudo na minha vida, e várias coisinhas que se juntaram de antes e outras que começaram acontecer nesse decorrer... (Se eu fosse detalhar tudo que me aflinge, deixaria este post mais cansativo do que está). Depois disso foram fugas e mais fugas da realidade, outras depressões leves foram surgindo, além da depressão pós o parto do meu filho, e acumularam-se tornando uma bola de neve que, um dia, espero que tenha um fim. 

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