18 de janeiro de 2010

LUTO



Estou de luto pelas pessoas que morreram no Haiti.
De luto em consideração ao desespero que aquele povo está passando.
Não me contive ao ver as cenas. O desespero das pessoas. Chorei. E muito.
Meu coração se aperta em saber que não posso ajudar à todos.
Se não tivesse contas pra pagar eu juro que pegaria todo o meu salário e compraria água e pão pra eles.
Eles precisam muito de água. Todo Ser vivo necessita de água.
O pão não alimenta quase nada, mas já serviria de conforto para os estômagos que corroem de dor, de fome.
Nossa, estou me sentindo tão desesperada quanto eles. Desesperada por não poder ajudar.
E eles desesperados esperando por nossas ajudas.
E ainda fui obrigada a ouvir um comentário muito feio e triste de alguém do meu convívio (não vou dizer quem) que disse assim, a respeito do notíciário sobre médicos voluntários do Brasil que estão índo pra lá em solidariedade: Já estamos em falta de médicos e ainda vão mandar os nossos poucos?

Não me contive e retruquei: Temos poucos, mas ao menos temos. Dá pra sobreviver, do nosso jeitinho, mal e porcamente, mas dá.
Eles, lá do Haiti, nem poucos médicos teem. Não teem ninguém. Estão totalmente dependentes da boa ação DO MUNDO. Porque a devastação não foi em um único bairro e sim no país inteiro. Não teem para onde correr, não tem casa de vizinho, de parentes, nem Cieps para se abrigarem. Não teem nem banheiro para as necessidade pessoais e limpezas íntimas. Não teem NADA! Estão "jogados" na rua. Uma nação que está mendigando sem rumo. E pior, andando sobre mortos.
Imagina isso na cabeça de um adulto? Agora imagina na cabeça daquelas crianças?? Que perderam suas bases: Mãe, pai, avós, irmãos, tios...
É muito egoísmo querermos pensar somente em nós.

Muito triste.
Tenho muito mais pra falar, mas... vou me conter em palavras e deixo pra vocês refletirem o que eu disse e imaginarem o que mais eu poderia ter dito.
Deus receba bem todos que se foram desta vida, incluído neste pedido, nossa querida Zilda Arns que muito fez por aquele povo, por aquelas crianças...

Fiquem com Deus.

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