21 de junho de 2010

     Podem me chamar de louca, podem me chamar do que for. Mas não posso negar que 'morar' em Magé tem seu lado encantador.
     Quem ler isso deve achar que Magé é horrível, não é? Hahahaha, não, não é mesmo.
     Esse final de semana tive a felicidade de presenciar como uma cidade tão pequenina (entre aspas, né) e de interior (entre aspas também), é muito mais agradável, vendo por outro ângulo, do que a cidade do Rio de Janeiro em si.
     Cada vez que passo por Magé vejo o progresso da cidade. Esse final de semana tive a oportunidade de ver que em toda a praça da prefeitura está com relógio digital. O próprio prédio da prefeitura está reformado. Ficou uma graça, e não deixou perder todo o glamour da construção antiga, monumento histórico da cidade. Dentre outros vários monumentos históricos que a cidade possui. A cidade este mês fez 445 anos. Imagina o quanto de cultura não deva ter?! Sim, tem muita coisa, e muitras ainda 'escondidas'. Deveriam investir na reforma de vários monumentos e pontos específicos para transformar a cidade em ponto turistico também. Principalmente para aqueles que vão para Teresópolis. Passam direto por Magé, sem saber que ali tem uma rica cultura brasileira adormecida.
     Enfim, voltando ao propósito inicial do meu post que, certamente, não era de propagar o turismo em Magé, rsssssss, Morar em Magé, pra mim, tem seu lado encantador.
    Ontem estava papeando com minha linda mãe sobre os benefícios de morar no RJ e os de morar em Magé. E eu, como adoro caminhar, estava falando com ela que sinto falta de morar em Magé: Acordar bem cedinho, aquele frio arretado (echarpe, luva, touca, sapato fechado, toda agasalhadinha), caminhar 1km no silêncio total do bairro (agora asfaltado, rs), escutar vez e outra um relinchar de um cavalo escondido no mato, aquela neblina no meio do caminho refrescando a mente, e o som da cidade chegando graduamente na mente. Pegar o bandalha (pra quem não conhece - no RJ não existe bandalhas - bandalha é carro de passeio que transporta as pessoas de um determinado bairro até outro, ou até o Centro. Até um ponto determinado. E com um valor considerável. Quando meus pais compraram a casa de Magé, pagávamos R$1,25. Hoje, 3 anos depois, paguei R$ 2,00.
     E no percurso do bandalha, ainda assim, não tem aquele som irritante de ônibus, caminhões, carros, motos, enfim, a cidade em movimento, a todo vapor. Depois, pegar o ônibus pro RJ, pegar fila? Ir em pé? Ônibus lotado, pessoas falando alto e desesperadas já de manhã cedo?? NÃO!!! Você continua no silêncio... vai sentada, poltrona forrada, inclinável, ar condicionado, quase que silêncio total, se não fosse o som externo querendo transpassar as janelas lacradas. Mas isso também é algo que nem incomoda, por que é tudo bem gradual. E o que poderia causar estresse seria o trânsito que se pega já na altura de Duque de Caxias (Rod. Washington Luiz) e vai pela Av. Brasil toda. Mas... o conforto do ônibus juntamente com o soninho matinal acaba fazendo a gente tirar um cochilinho booooooom. Quando vê já tá na Central do Brasil, pegando Metrô pro trabalho que é outro transporte agradável de se pegar.

    Agora morar no RJ... aff... 4:50 da manhã já não existe mais momento de relaxamento/ silêncio. Caminhão que parece que tá capotando o tempo todo na frente de casa, rsss, ônibus um atrás do outro dando freadões, aí vc vai pro ponto que é quase na porta de casa, aí tem que disputar pra entrar. quando nã vai em pé pro trabalho, durante 1 hora e meia. Pessoas que já acordam num pique total falando mal da visinha, do marido, falando da amante gostosona, da mulher linda que é burra, etc. Ou quando não tem aqueles dois tipo de favelados típicos (porque pra mim favelado não é quem mora na favela e sim quem não tem senso de ridículo): liga seu celular com radinho... mp3.... mp4... ipod... rsss, e começa escutar seu funk favorito a todo volume, impondo à todos a escutar a mesma música super culta, relaxante... rs. (Fone de ouvido não é caro!!! Na Central então... uma balela!), mas tudo bem, esse já foi com seu funk 100% melody, rs.
     O outro favelado é aquele que quer mostrar que tem um Nextel (cara, eu sou foda, tenho um Nextel, coisa de gente chic!) e ao invés de colocar as chamadas no reservado, não. Faz questão de colocar à todo volume pra todo mundo ouvir o papo dele (a) com a pessoa do outro lado. O que me interessa com quem ele tá falando e o que eles estão falando? NADA ME INTERESSA!!! Sem contar aquele barulhinho irritante do "bip bip" quando tem alguém chamando do outro lado. Aff... hahahahahaha. Muita favela!!!
     Depois me perguntam porque ando tão estressada com tudo.... As pessoas me estressam!! Não consigo chegar no trabalho de bem com a vida não, hahahahaha. Brincadeira.... Apesar das chatices do Ser humano, eu continuo calma, tranquilona, paciente, sorridente, receptiva e querida pela maioria das pessoas. Pela maioria porque não sou 100% legal, boazinha... tenho minhas crises de egoísta, de grosseria, abusada, teimosia e blablabla.
     E outra diferença de Magé pro RJ é que noitada por lá é quase rara... Já no RJ tem em qualquer canto. Mas... como já tô ficando velha, já curti tudo que tinha pra curtir na minha adolescencia, já nem sinto tanta falta assim de sair pra dançar e tal. A gente cresce, ganha idade e amadurece. Já tô bem madura pra certas atitudes que fazia antes. Tudo tem seu tempo pra se curtir, e agora não curto tanto como antigamente.
    E... é isso.
    Se Magé não vem ao RJ, o RJ vai até Magé. Ahauhauhauahuaha.
     Me preparando pra voltar. Mas ainda vendo os pós e os contras dessa mudança. Pensando a longo prazo... pensando... pensando... como sempre, pensando de mais. Rsss.
    

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