13 de maio de 2010

Oportunidade perdida.

     As pessoas andam tão preocupadas com o retorno, que não querem se doar se não houver um bem material em troca. Esquecem que o maior bem a receber é o bem interno, a sensação de engrandecimento e agradecimento eterno, de que nunca será esquecido pelo seu ato caridoso, gentil.

     Porque estou falando isso? Bem... tenho observado determinadas atitudes de pessoas próximas à mim que vem me deixando muito chateada. Pessoas que só fazem algo para um estranho se for receber algo em troca. De preferência se este algo se chamar DINHEIRO. Afinal, nada é de graça, não é mesmo? Pois bem. Uma destas pessoas perdeu oportunidades várias por ter deixado uma oportunidade, entre outras milhares que teve na vida, passar, demonstrando de forma disfarçada (fingindo ser caridosa, mas de fato, não é. Não com desconhecidos.) o seu interior reduzido.
     Lembro-me bem de quando seus dons e suas habilidades foram divulgadas numa casa espírita kardecista que na época estava precisando de alguém que pudesse executar determinada tarefa sem cobrar nada pelo serviço. Eles dariam a passagem, alimentação e o material a ser usado. Mas... como o retorno financeiro não teria, a resposta foi, com um sorriso na cara, que iria fazer umas pesquisas de preço para tais materiais usados e depois entraria em contato.
     Enfim, pesquisa foi feita sim, mas bem superficial. A resposta dada posteriormente foi que não encontrou o material que procuravam e que se achasse seria muito caro. (Eles não se importavam se era muito caro. Queria apenas saber onde comprar, e alguém pra fazer o serviço para eles, pois ninguém sabia executar tal serviço corretamente, apenas tinham uma noção de como fazer. Mas queriam alguém capacitado.)
     Pois então, a pessoa nunca mais fez tal pesquisa e veio com desculpa de que teria que perder o final de semana para fazer algo que não daria lucro algum.
     Moral da história: O Centro fica localizado em uma das áreas mais nobres do Rio de Janeiro. 89% dos frequentadores são moradores da área. Uns são donos de empresas, outros gerentes, executivos em geral, artistas e famosos... Pessoas que vendo o trabalho da pessoa, bem feito, e através de ato caridoso, com certeza estaria na lista de pessoa preferida para futuras 'contratações'. Seria uma forma de divulgar o seu produto, o seu serviço, enfim.
     Espiritualmente falando, engrandeceria pelo ato bondoso, mostraria que não é uma pessoa gananciosa, prepotente. Mas... também não se importou com isso. Hoje está aí, arrastando carroça, nada muda. Poucas coisas melhoram na sua vida... E seus planos para o futuro estagnou.
     Hoje tive a oportunidade de ver, e me engrandecer, com o site do centro espírita, que mostra em uma das fotos de eventos que ocorrem lá, que tem o tal material instalado da maneira como eles queriam. Que bom.


Obs.: Depois eu soube que essa pessoa que deixou de prestar tal ato caridoso, deixou de receber uma graninha extra (e boa). Pois eles iriam pagar, mas não queria dizer que pagariam pra não crescer o olho. Era apenas um teste pra ver se algumas pessoas sabem ser verdadeiramente boas sem esperar nada em troca. Até onde vai a boa vontade do ser humano.
     Que pena.

Um comentário:

JPM disse...

Olá,
Bela matéria!
É bem por aí, como diria o meu padrinho, espírita e já falecido.
Infelizmente a questão ter é por demais valorizada... o Teixeirinha, é, ele mesmo, tinha uma música onde ele falava do amigo e do amigo conveniência.
Eu tinha um amigo que no dia do meu aniversário telefona cedo, antes de sair de casa, me tirava da cama, bastou eu ficar doente e sem dinheiro...para ele eu não aniversariei mais!
Eu não concordo com esse tipo de teste que referes, cheira a preconceito. Não fariam isso com um doutor! Ou seja, o pobre tem que se submeter aos caprichos de alguém, me perdoe, pobre de espírito.
Saúde e felicidade.
João Pedro Metz