10 de junho de 2010

O presídio da meditação.

Como uma semi (semi semi semi mil vezes semi, rs) curiosa, conhecedora do hinduísmo, achei super interessante este artigo que fala do retiro espiritual para os detentos da Índia. Agora tenho que confessar que fiquei que nem "o pensador' grego imaginando a cena dos detentos brasileiros (especialmente os cariocas, rs), cheios de marra, gírias e tal, sentados nunma ala, de pernas cruzadas, cantando o maha mantra, ou outro mantra, até mesmo o canto budista "Om... Om... Om...". Ou mesmo em silêncio total, sem se movimentarem, durante 1 semana. Sinceramente eu não consegui visualizar com vitória, só como uma ena comediante. Ainda mais carioca que é safado e debochado pra caramba, iriam cantar tudo, menos os cânticos da Paz. E em silêncio? DUVIDO!!!! Rs.

Veja à baixo artigo copiado do site Super Interessante .

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O presídio da meditação

Maior cadeia da Índia monta retiro espiritual para os detentos - que ficam 10 dias em silêncio absoluto

por Juliana Cunha

      O Complexo Penitenciário de Tihar, em Nova Délhi, é tão feio, sujo e desumano quanto os piores presídios brasileiros. Ele abriga 13 mil detentos, o dobro de sua capacidade oficial - e 60% mais gente do que o Carandiru, em São Paulo, chegou a ter. Mas desse inferno surgiu um foco de paz: Tihar criou um programa de meditação voluntária, do qual os presos podem participar em busca de tranquilidade e elevação espiritual. A cada duas semanas, uma ala do pavilhão 4 é reservada para os retiros, que duram 10 dias e não são nada fáceis. Os presos devem ficar completamente em silêncio e meditar por 8 horas diárias - absolutamente parados, sem mexer nenhum músculo do corpo. É a vipassana (termo que significa "visão interior"), uma prática milenar do budismo - e um dos tipos de meditação mais difíceis que existem. Cada detento pode fazer o retiro a cada 3 meses - e a maioria dos que começam não para mais. Nem todo preso é aceito no retiro. É preciso que ele se mostre realmente interessado, e convença os professores de que é capaz de seguir as regras do programa de meditação.

      "A vipassana nos ajuda a ver as coisas como são. Por isso, acaba ajudando os presos a enxergar a detenção como uma etapa, uma jornada para se tornarem pessoas melhores e verdadeiramente livres", afirma o professor de meditação Satya Narayan Goenka, que teve a ideia de instituir a prática na cadeia. Segundo ele, os presos se tornaram mais calmos, a penitenciária passou a registrar menos incidentes violentos, e a reincidência criminal dos que são soltos também diminuiu. No Brasil, um grupo de praticantes tenta convencer, desde 2008, o governo a implantar a vipassana nos presídios. Da vida loka para a vida espiritual.

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