Leão: Um perigo, ou uma proteção?

      Dizem que não é bom falar dos próprio sonhos, aqueles que temos enquanto estamos dormindo, e não o que temos acordados.
      Sei que ninguém tem a ver com os meus sonhos, principalemnte com estes, em que estou dormindo.
      Mas sabe, ficou marcado tão grandiosamente em mim que quero compartilhar com vocês, e ver se alguém conseguiria decifrá-lo comigo, rs.
     
      "Era numa descida de um morro, não muito íngrime. Morro bem arborisado, sombra agradável. Essa descida era com pedras cutas (de uns 3 palmos de comprimento por 1 de largura), grossas e, algumas, com pequenos desníveis formando poças d'água. Lembro que eu descia bem devagar com medo de deslizar. Meu filho estava no meu colo, quietinho. Por isso o cuidado era redobrado. Lembro-me que quando eu olhava mais para baixo, via um grupo de bodes na encosta do morro e eu teria que passar por eles para chegar ao final da descida. Mas eu sentia um medo muito grande, pois não sabia qual seria a reação deles quando passasse bem ao lado do bando. Mas encarei e desci, receosa. Quando chegava ao final da descida havia um leão, que na verdade era uma leoa, mas com a juba do leão. Ela estava lá em baixo me aguardando e olhando firmemente para o bodes que ameaçavam se aproximar de mim. O medo aumentou, pois além do bodes, agora era uma leoa também. Mas ela ficou, a princípio, quieta no canto dela observando eu passar e posando autoridade aos bodes.
     Continuei minha caminhada pela estrada de terra à frente. O local parecia com um Aras. Estrada de terra e barro, e nos cantos: grades de ferro dividindo os "lotes" da estrada. Não tutibiei em acelerar os passos. Mas não corri para não chamar a atenção da leoa e ela sentir-se provocada a me atacar. Tentei manter a tranquilidade o máximo que pude. Quando cheguei mais à frente vi ums crianças do outro lado das grades e pedi ajuda à elas que me disseram que o portão para o lado que elas estavam, era mais a frente, que eu teria que dar a volta. O desespero começou a aumentar. Meu medo não era do leão me atacar, de fato, e sim atacar ao meu filho que não estava se sentindo muito bem. Não aguentei chegar no tal portão, pedi para meu afilhado que estava no sonho, também, para subir a grade e pegar meu filho enquanto eu corria pro tal portão. E assim ele fez. E o tal portão nada de chegar. Foi quando vi uma cerca bem pequena em um desse "lotes" que era de arame farpado, mas de fácil acesso, foi quando decidi que iria pular ali mesmo. Sabia que a leoa, mesmo sabendo dos seus limites impostos através daquelas cercas e grades, não iria obedecê-las. Sim. Quando eu já estava no meio do tal "lote" a leoa pulou e começou a correr atrás de mim, acompanhada de um cão viralata, bege. (Lembrei-me do meu cãozinho de Magé)
      Bem, cheguei do outro lado do "lote" e pulei a outra cerca de arame. Vi um carro com as crianças que gritavam pra eu correr mais "vem tia, vem!".
      Quando consegui chegar no carro, meu filho pulou para meus braços, com as costas sujas de bolo (não sei de onde surgiu o bolo, rs). E por alguns segundos esqueci-me do leão. E derrepente o leão pôs a pata levemente na minha costa e quando virei-me, congelei. A leoa/leão chegou com o rosto perto de mim, cheirou as costas do meu filho, deu pequenas mordiscadas e tirou todo o bolo de sua costa. Depois esfregou o rosto fofo nele e me empurrou. Fui até a janela do carro e coloquei meu filho lá dentro, pedi a meu afilhado que fechasse as janelas e os trincos. Enauqnto isso fique de pé em frente ao leão que se aproximou de mim, afagou-se no meu peito, eu abracei-o, fiz bastante carinho no seu rosto com aquele fucinho enorme perto do meu rosto. Lambeu minha cara, olhou ao meu redor, e no silêncio que se fez, ouvi uma voz do além dizer: Agora você está segura, pode ir. Vá em Paz.

      O leão deu as costas e foi embora para o local onde encontrei-o, acompanhado daquele cachorrinho lindo. Quando pularam a cerca eu disse: Andem, corram! Quero ver que vai chegar primeiro! Corram mais!! E assim eles fizeram."

      Então acordei.